Abraão: As Provas de um Homem de Fé
(A parte "Deus prova a fé de Abraão" se encontra abaixo destacada em letras vermelhas.)
Contexto: (Falar desde a criação em apenas 5 min)
Narrativa:
Certo dia, Deus falou a Abrão que deixasse o seu país de origem, os seus parentes e a casa do seu pai, para uma terra que lhe mostraria.
Deus fez as seguintes promessas a Abrão:
1. Seus descendentes iriam formar uma grande nação.
2. Deus o abençoaria
3. Seu nome seria famoso
4. Ele seria uma bênção para os outros
5. Deus abençoaria os que o abençoassem
6. Deus amaldiçoaria os que o amaldiçoassem
7. Em Abrão todos os povos do mundo seriam abençoados.
Abrão tinha setenta e cinco anos quando partiu de Harã, como Deus mandou levando sua esposa Sarai. Saiu da sua cidade, indo para Canaã, a terra que Deus mostrou, mas ele levou seu sobrinho Ló.
Quando chegaram a Canaã, Deus apareceu a Abrão e disse: “Eu vou dar esta terra aos seus descendentes”. Abrão construiu ali um altar a Deus.
Abrão No Egito
Depois de alguns dias teve em Canaã uma fome que assolou todo o país. Abrão, saiu de Canaã para passar uma temporada no Egito. Quando ia chegando ao Egito, Abrão disse a Sarai, a sua esposa: “Você é uma mulher muito bonita. Por isso me matarão e deixarão que você viva. Diga, então, que você é minha irmã. Assim, por sua causa, eles me deixarão viver e me tratarão bem.”
Quando Abrão chegou ao Egito, os egípcios viram que Sarai, era muito bonita. Ela foi levada para o palácio, onde se tornaria uma das esposas do rei. Por causa dela o rei tratou bem Abrão e lhe deu ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos. Mas, por causa de Sarai, Deus castigou o rei e a sua família com doenças horríveis.
O rei mandou chamar Abrão e perguntou: “Por que você me fez uma coisa dessa? Você disse que ela era sua irmã, e por isso eu preparei ela para ser minha esposa. Portanto, aqui está a sua mulher; saia daqui com ela”! Então o rei deu ordem, e os seus guardas levaram Abrão para fora do Egito, junto com a sua mulher e com todas as coisas que eram dele.
Abrão e Ló Separados
Então Abrão saiu do Egito com tudo o que tinha e fora para o sul de Canaã. Abrão era muito rico em rebanhos, em prata e em ouro. Ló também levava ovelhas, cabras, gado, empregados e a sua família. Não tinham pastos suficientes que permitissem aos dois ficarem juntos, pois eles tinham muitos animais. Por isso, os homens que cuidavam dos animais de Abrão brigavam com os que tomavam conta dos animais de Ló. Na briga dos pastores de Abrão com os Ló, Abrão deixou Ló escolher a terra que seria dele. Abrão falou a Ló: “Vamos nos separar. Você faça sua escolha. Se você for para a esquerda, eu irei para a direita; se você for para a direita eu irei para a esquerda”.
Ló olhou em volta e viu que o vale do Jordão tinha bastante água. Ló ficou com o melhor terreno. Ló mudou-se para a terra boa e produtiva, enquanto Abrão ficou nas regiões montanhosas e menos produtivas.
Depois que Ló foi embora, o Senhor veio ao encontro de Abrão reafirmar a promessa que toda a terra prometida seria dele e de sua descendência. Deus disse a Abrão: “de onde você está, olhe bem. Eu vou dar a você e aos seus descendentes, para sempre, toda a terra que você está vendo. Farei com que seus descendentes sejam tantos como o pó da terra”.
Abrão construiu um altar para Deus.
Ló foi armando as suas tendas até Sodoma. Numa batalha houve a derrota de Sodoma e a captura de Ló e de outros moradores. Os vencedores tomaram todos os bens de Sodoma e de Gomorra e todos os seus alimentos, e se foram. Quando Abrão soube que seu sobrinho fora levado prisioneiro, iniciou uma perseguição. Num ataque noturno bem planejado, com um pequeno grupo de trezentos e dezoito soldados, Abrão resgatou Ló e os outros capturados e recuperou todos os bens tomados de Sodoma.
Depois da batalha onde libertou os cidadãos de Sodoma, incluindo o seu sobrinho Ló, Abrão encontrou-se com Melquisedeque, Rei de Salém. Também encontrou-se com o Rei de Sodoma, a cidade dos grandes pecadores. Diante de Melquisedeque, Abrão recebeu uma bênção e deu a ele a décima parte de tudo que o havia trazido da batalha. O rei de Sodoma ofereceu Abrão todos os bens recuperados na batalha. Abrão recusou os presentes dizendo: Nem um fio de linha, nem uma correia de sandália, nada tomarei do que lhe pertence, para que não diga: Eu enriqueci a Abrão”.
Deus faz Aliança com Abrão
Depois desses acontecimentos, numa visão o Senhor Deus apareceu a Abrão, dizendo: “Não tema, Abrão! Eu sou o seu escudo; sua recompensa será muito grande”.
Abrão respondeu: “Meu Senhor, continuo sem filho. Dê-me um filho”.
Deus disse a Abrão: ”Olhe para o céu e conte as estrelas, se puder. Pois bem, será esse o número dos seus descendentes”. Deus renovou a promessa de dar a terra de Canaã aos seus descendentes. Abrão confiou na palavra do Senhor, e por isso foi colocado nele a justiça de Deus.
Quando começou a escurecer, Abrão caiu num sono profundo. De repente ficou com medo, e o pavor tomou conta dele. Então Deus disse: “Fique sabendo, com certeza, que os seus descendentes viverão num país estrangeiro; ali serão escravos e serão maltratados durante quatrocentos anos. Mas eu castigarei a nação que os escravizar. E os seus descendentes, Abrão, sairão livres levando muitas riquezas. Só depois de quatro gerações, os seus descendentes voltarão para cá, pois, até lá não terá se enchido ainda a medida do pecado da população atual de Canaã – os Amorreus”.
Nessa mesma ocasião, Deus fez uma aliança com Abrão. Ele disse: “Prometo dar aos seus descendentes esta terra, desde a fronteira com o Egito até o rio Eufrates”.
Mas a chegada do filho prometido demorou por muitos anos, Abrão e Sarai estavam ficando muito velhos, Abrão já estava com 85 anos. Sarai veio com uma sugestão; que ela daria a Abrão a sua serva Hagar, e reconheceria como seu o filho nascido dessa união. Abrão ouviu a voz de Sarai, teve relações com Hagar, e ela ficou grávida. Quando estava grávida, Hagra começou a olhar com desprezo a Sarai.
Sarai disse a Abrão: “Por sua causa Hagar está me desprezando. Eu mesma a entreguei nos seus braços; e, agora que sabe que está grávida ela se acha mas mulher do que eu. Que Deus julgue quem é culpado, se é você ou se sou eu”!
Abrão respondeu: “Está bem. Hagar é sua serva, você manda nela. Faça com ela o que quiser”.
Sarai maltratou a Hagar e ela fugiu. O Anjo de Deus a encontrou no deserto e perguntou: “Hagar, serva de Sarai, de onde vem, pra onde vai?
Hagar respondeu: “Estou fugindo da minha dona.”
O Anjo deu a seguinte ordem: “Volte para a sua dona e seja obediente a ela em tudo”. A Anjo prometeu: “Você está grávida e terá um filho. Dará a ele o nome de Ismael (quer dizer Deus ouve), pois Deus escutou o seu choro. Esse filho será contra todos, e todos lutarão contra ele. Ele viverá longe de todos os seus parentes.”
Hagar deu um filho a Abrão, e ele deu ao menino o nome de Ismael. Abrão tinha oitenta e seis anos quando Ismael nasceu.
Deus voltou a falar com Abrão quando ele estava com noventa e nove anos. Deus fez uma nova aliança com Abrão e mudou o nome dele de Abrão para Abraão (pai de uma multidão). Prometeu que faria de Abraão pai de uma multidão de nações e que reis sairiam dele. Deus mudou o nome de Sarai para Sara (minha princesa). A aliança foi selada com a circuncisão, um rito exterior a ser praticado em todos os descendentes de Abraão. Deus prometeu de novo que daria a Abraão e a Sara um filho. Deus prometeu que Sara seria mãe de nações e que teriam reis entre os seus descendentes; prometeu que estabeleceria a sua aliança com o filho de Abraão e Sara e que ela daria luz no ano seguinte”. Quando acabou de falar com Abraão, Deus subiu e o deixou.
Então Abraão, seu filho Ismael, e todos os homens de sua casa, filhos da casa ou comprados por dinheiro, foram circuncidados com ele.
Uma outra vez Deus apareceu a Abraão. Era a hora mais quente do dia, e Abraão estava sentado na entrada da sua barraca. Ele olhou e viu três homens, de pé na sua frente. Quando os viu, correu ao encontro deles, encostou o rosto no chão e disse: “Senhor, se eu mereço a sua atenção, não passe pela minha humilde casa sem me fazer uma visita. Vou mandar trazer água para lavarem os pés e um pouco de comida. Assim os senhores me honrarão com a sua visita; portanto, deixem que os sirva.”
Eles responderam: “Está bem, nós aceitamos.”
Debaixo de uma árvore, Abraão mesmo serviu a comida.
Os visitantes perguntaram a Abraão: “Onde está Sara, a sua mulher?”
Abraão respondeu: “Está na barraca”.
Um deles disse: “No ano que vem eu virei visitá-lo outra vez. E nessa época a sua mulher, terá um filho”.
Sara estava atrás da entrada da barraca, escutando a conversa. Abraão e Sara eram muito velhos, e Sara já havia passado de idade de ter filhos. Ela riu e pensou: “Como poderei ter prazer de ter um filho agora que eu e o meu senhor estamos velhos?”
Deus perguntou a Abraão: “Porque Sara riu? Porque disse que está veha demais para ter um filho? Será que para Deus há alguma coisa impossível? Pois, como eu disse, no ano que vem virei visitá-lo outra vez. E nessa época Sara terá um filho”.
Sara ficou com medo e quis negar. “Eu não estava rindo!”
Deus respondeu: “Não é verdade; você riu mesmo”.
Destruição de Sodoma e Gomorra
Os visitantes, juntos com Abraão, se levantaram e foram para um lugar de onde podiam ver a cidade de Sodoma. Há muito tempo Deus estava descontente com as cidades de Sodoma e Gomorra. Então, Deus disse a si mesmo: “Não vou esconder de Abraão o que vou fazer. Os seus descendentes serão uma nação grande e poderosa. Através dele eu vou abençoar todas as nações da terra.” Então Deus disse a Abraão: “A gritaria, a bagunça de Sodoma e Gomorra, tem aumentado e o pecado dos seus moradores é muito grave. Vou descer para ver se as acusações que tenho ouvido são verdadeiras ou não.”
Então dois visitantes saíram.
Abraão perguntou: “Será que o Senhor vai destruir os corretos juntos com os perversos? Talvez existam cinqüenta pessoas direitas na cidade. Não é possível que mates os corretos junto com os perversos. Tu és o juiz do mundo inteiro e por isso agirás com justiça?”
Deus respondeu: “Se eu achar cinqüenta pessoas direitas em Sodoma, perdoarei a cidade inteira por causa delas.”
Abraão voltou a dizer: “Pode acontecer que tenham apenas quarenta e cinco pessoas direitas. O Senhor vai destruir a cidade por causa dessa diferença de cinco?.
Deus respondeu: “Se eu achar quarenta e cinco, não destruirei a cidade.”
Abraão continuou: “E se tiverem somente quarenta corretos?
Deus respondeu: “Por amor a esses quarenta, não destruirei a cidade.”
Abraão disse: “Não fiques zangado comigo, Senhor. E se houver só trinta?”
Deus respondeu: “Se houver trinta, perdoarei a cidade.”
Abraão insistiu: “Estou sendo atrevido, mas me perdoa, Senhor. E se houver somente vinte?”
Deus respondeu: “Por amor a esses vinte,, não destruirei a cidade.”
Abraão disse: Não fiques zangado, Senhor, pois está é a última vez que vou falar. E se houver só dez?”
Deus respondeu: “Por causa desses dez,, não destruirei a cidade.”
Quando Deus acabou de falar com Abraão, foi embora, e Abraão voltou para casa.
Em Sodoma, os anjos encontraram os homens da cidade querendo abusar sexualmente de outros homens. Deus não encontrou os dez justos na cidade de Sodoma.
Estava anoitecendo quando os dois anjos chegaram a Sodoma. Ló estava sentado perto do portão de entrada da cidade. Quando viu os anjos, levantou-se e os convidou para que se hospedassem em sua casa. Ló insistiu tanto, que eles aceitaram e foram com ele para a sua casa. Ló mandou preparar um bom jantar e os visitantes jantaram.
Mas, antes que eles fossem dormir, todos os homens de Sodoma cercaram a casa. Eles chamaram Ló e perguntaram: “Onde estão os homens que entraram na sua casa esta noite? Traga-os aqui fora para nós, pois queremos ter relações com eles.”
Ló saiu para falar com os homens e disse: “Por favor, meus amigos, não cometam esse crime! Prestem atenção: tenho duas filhas que ainda são virgens. Vou trazê-las aqui fora para vocês. Façam com elas o que quiserem. Porém não façam nada com esses homens, pois são meus hóspedes, e eu tenho o dever de protegê-los.”
Mas os homens da cidade responderam: “Saia da nossa frente!” E diziam uns aos outros: “Esse homem é estrangeiro e quer mandar em nós!”
Os homens de Sodoma se atiraram contra Ló e chegaram perto da porta para arrombá-la. Porém, os anjos visitantes pegaram Ló, o puxaram para dentro da casa, e fecharam a porta. Em seguida fizeram com que os homens que estavam do lado de fora ficassem cegos; e assim não conseguiram encontrar a porta.
Então disseram a Ló: “Pegue os seus parentes que você tiver na cidade e tire todos daqui. Vamos destruir este lugar. Deus tem ouvido as terríveis acusações que existem contra essa gente e por isso nos mandou destruir Sodoma.”
Ló foi falar com seus futuros genros, que estavam para casar-se com suas filhas: “Arrumem-se depressa, e saiam daqui por que Deus vai destruir a cidade!”
Mas esses rapazes acharam que ele estava brincado e não obedeceram.
Ló, sua esposa e as suas duas filhas escaparam de Sodoma. Quando estavam fugindo, a esposa de Ló olhou para trás desobedecendo a ordem de dos anjos e virou uma estátua de sal. Deus fez chover sobre Sodoma enxofre e fogo vindos do céu. Quando Deus destruiu a cidade, ele se lembrou de Abraão e retirou Ló com as duas filhas da catástrofe. Sodoma e Gomorra foram destruídas como ato de julgamento divino.
Ló teve medo de ficar morando numa cidade da planície, e por isso foi para as montanhas, juntas com as duas filhas. Ali os três viviam numa gruta. Certo dia, a filha mais velha disse à mais nova: “O nosso pai já está ficando velho, e não há nenhum outro homem nesta região. Assim não podemos casar e ter filhos. Vamos dar vinho a papai até que fique bêbado. Então nós nos deitaremos com ele e assim teremos filhos dele.”
Naquela mesma noite elas deram vinho ao pai, e a filha mais velha teve relações com ele. Mas ele estava tão bêbado, que não percebeu nada. No dia seguinte a filha mais velha disse à irmã: “Eu dormi ontem à noite com papai. Vamos embebedá-lo de novo hoje à noite, e você vai dormir com ele.” Nessa noite tornaram a dar vinho ao pai, e a filha mais nova teve relações com ele. De novo ele estava tão bêbado, que não percebeu nada.
Assim as duas filhas de Ló ficaram grávidas do próprio pai. A mais velha deu seu filho o nome de Moabe. A mais nova deu ao seu filho o nome de Ben-Ami.
Abraão e Seu Filho Isaque
Deus cumpriu a sua promessa e deu a Abraão e a Sara o filho Isaque, no tempo que tinha marcado. Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu seu filho Isaque.
Na festa que celabrava o desmame de Isaque, Ismael, o filho da escrava Hagar, zombou da criancinha Isaque.
Sara insistiu com Abraão: “Mande embora essa escrava e o filho dela, para que o filho dessa escrava não seja herdeiro junto com Isaque, meu filho.”
Abraão ficou muito preocupado com isso, pois Ismael também era seu filho. Mas Deus disse: “Abraão, não se preocupe com o menino nem com a sua serva. Faça tudo o que Sara disser, pois você terá descendentes por meio de Isaque. O filho da escrava é seu filho também, e por isso farei com que os descendentes dele sejam uma grande nação”. No dia seguinte, Abraão se levantou de madrugada e deu a Hagar pão e uma butija de água e mandou que ela e a criança fossem embora.
Hagar foi embora, andando sem direção pelo deserto de Betesda. Quando secou a água da butija, deixou o menino debaixo de um arbusto e foi sentar-se a uns cem metros dali. Pensou consigo: ”Não suporto ver meu filho morrer”.
Deus ouviu o choro do rapaz e o Anjo de Deus chamou Hagar e disse: “Por que você está preocupada, Hagar? Deus ouviu o choro do rapaz do lugar onde está. Levante o rapaz e pegue-o pela mão. Eu farei dos seus descendentes uma grande nação”.
Deus abriu os olhos de Hagar e ela viu um poço. Ela encheu a butija de água e deu a Ismael para que bebesse. Protegido por Deus, o rapaz cresceu e se tornou um bom atirador de flechas.
Anos depois, Deus provou Abraão, mandando que ele entregasse seu filho Isaque em sacrifício. Deus disse: “Pegue agora Isaque, o seu filho a quem você tanto ama e vá até a montanha que eu lhe mostrar e queime o seu filho como sacrifício”.Abraão saiu com Isaque, na certeza de que tanto Isaque quanto ele voltariam do sacrifício - confiando na promessa que diz: “por Isaque será chamada a tua descendência”. Abraão se levantou cedo, selou seu jumento e levou dois de seus servos e seu filho Isaque. Ele rachou a lenha do sacrifício e se foi para o lugar que Deus tinha mostrado. No terceiro dia da viagem, Abraão, levantando os olhos viu de longe o lugar. Disse então a seus servos: “Fiquem aqui com o jumento. Eu e o rapaz iremos até lá, adoraremos a Deus e voltaremos”. Abraão confiava que Isaque ressuscitaria. Ele creu que mesmo que matasse Isaque em obediência a Deus, Deus o ressuscitaria dos mortos.
Abraão pegou a lenha para o sacrifício e colocou nos ombros de Isaque, que estava com mais or menos 25 anos de idade. Pegou uma faca e fogo, e os dois foram andando juntos.
Isaque perguntou ao seu pai: “Nós temos a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício?”.
Abraão respondeu: “Deus proverá para si meu filho, o cordeiro para o sacrifício”, e foram os dois juntos.
Abraão fez um altar e arrumou a lenha em cima dele. Depois amarrou Isaque e o colocou no altar, em cima da lenha. Quando Abraão pegou a faca para matar o filho, o Anjo de Deus bradou clamando: “Não machuque o rapaz e não lhe faça nenhum mal. Agora sei que você teme a Deus, pois não negou o seu filho, o seu único filho!”.
Abraão olhou em volta e viu um carneiro preso pelos chifres no meio de uma moita. Abraão foi pegar o cordeiro e o ofereceu em sacrifício no lugar de seu filho. Abraão chamou o local de “O Senhor proverá”. Deus proveu o carneiro para morrer em lugar de Isaque.
Deus prometeu a Abraão: “Eu juro que abençoarei você ricamente. Farei com que os seus descendentes sejam tão numerosos como as estrelas do céu ou os grãos de areia da praia do mar. Todas as nações do mundo serão abençoadas através da sua descendência, pois você fez o que eu mandei.”
Sara viveu cento e vinte e sete anos e morreu. Abraão comprou um campo que possuía uma gruta onde seria o cemitério de sua família, onde Sara e os outros patriarcas seriam enterrados.
Um dia, Abraão chamou o seu empregado mais antigo e o mandou ir até os seus parentes para que encontrasse uma esposa para Isaque. O empregado pegou camelos e uma porção de presentes e foi até a cidade onde a família de Abraão tinha morado, na Mesopotâmia. Quando chegou era de tardinha, a hora em que as mulheres vinham buscar água. Aí ele orou assim: “Ó Senhor, Deus do meu patrão Abraão, eu estou aqui perto do poço onde as moças da cidade vêm para tirar água. Vou dizer a uma delas: Por favor, abaixe o seu pote para que eu beba um pouco de água. Se ela disser assim: Beba, e eu vou dar água também para os seus camelos, que seja essa a moça que escolheste para o teu servo Isaque.”
Ele nem havia acabado a oração, quando Rebeca veio. Ela era filha de Betuel, que era filho do irmão de Abraão. Rebeca era uma linda moça, ainda virgem. Então o empregado de Abraão foi correndo se encontrar com ela e disse: “Por favor, deixe que eu beba um pouco da água do seu pote.”
Respondeu Rebeca: “O senhor pode beber”. Depois de lhe dar de beber, Rebeca disse: “Vou tirar água também para os seus camelos.”
O homem pegou uma argola de ouro e colocou no nariz dela e também lhe deu duas pulseiras de ouro. Em seguida perguntou: “Por favor, diga quem é o seu pai. Será que na casa dele há lugar para os meus homens e eu passarmos a noite?”.
Ela respondeu: “Eu sou filha de Betuel, filho de Milca e Naor. Na nossa casa há lugar para dormir e também bastante palha e capim para os camelos.”
O servo de Abraão se ajoelhou e adorou a Deus e disse: “Bendito seja o Deus de Abraão, o meu patrão! Pois foi fiel e bondoso com ele, guiando-me diretamente até a casa dos seus parentes.”
Rebeca foi correndo para casa da sua mãe e contou o que havia acontecido. Rebeca tinha um irmão chamado Labão, o qual viu a argola no nariz da irmã e as pulseiras nos seus braços. Labão saiu correndo e foi buscar o empregado de Abraão e disse: “Venha comigo, já preparei a casa e também o lugar para os seus camelos.”
A família de Rebeca concordou que ela poderia ser a esposa de Isaque. Labão e Betuel responderam: “Tudo isso vem do Senhor, e por isso não podemos dizer nada, nem a favor nem contra. Aqui está Rebeca; leve-a com você”.
Quando o empregado de Abraão ouviu essas palavras, ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e adorou a Deus. Em seguida, pegou vários objetos de prata e de ouro e vestidos e os deu a Rebeca. Então deu presentes caros ao irmão e à mãe dela.
Então o empregado passou a noite na casa da família de Rebeca, no dia seguinte se preparou para viajar, neste momento a família disse: “Vamos chamar Rebeca para ver o seu desejo.” Chamaram Rebeca e perguntaram, “Quer ir com este homem”? E ela disse, “Eu vou”.
Então Rebeca e as suas empregadas se preparam, montaram nos camelos e seguiram o empregado voltando as terras de Abraão.
E algum tempo depois no fim da tarde, Isaque estava meditando e orando na roça, levantou os olhos e viu a caravana que se aproximava. Também Rebeca levantou os olhos e, vendo Isaque, desceu do camelo. Perguntou Rebeca ao empregado: “Quem é aquele homem que vem ao nosso encontro? Respondendo, o empregado disse: “É o meu senhor”. Nesse momento Rebeca tomou o véu e lhe cobriu o rosto.
O empregado prestou conta a Isaque de tudo que tinha feito.
Então Isaque levou Rebeca para a barraca onde Sara, a sua mãe, havia morado, e ela se tornou a sua mulher. Isaque amou Rebeca.
Abraão morreu com 175 anos e foi enterrado ao lado de Sara. |