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Jacó 

 

Contexto:
 
            Deus prometeu a Abraão que os seus filhos formariam uma grande nação e que lhes daria a terra prometida. Abraão morreu com 175 anos, sem ver ainda todas as promessas de Deus cumpridas, o primeiro filho de Abraão foi Ismael que era filho de Abraão com Hagar, a escrava egípcia de Sara. Por isso ele não era o filho prometido por Deus e vivia separado do irmão Isaque que nasceu de Sara. Isaque era o filho prometido por Deus a Abraão e a Sara. As promessas feitas a Abraão iriam ser cumpridas nos descendentes de Isaque.

 

Narrativa:

 

Jacó, no lar do seus Pais
 
            Isaque tinha 40 anos quando se casou com Rebeca, a irmã de Labão. Passaram-se vinte anos sem que Rebeca pudesse engravidar. Isaque orou a Deus em favor de Rebeca. Deus ouviu as suas orações, e Rebeca ficou grávida de gêmeos.
            O primeiro a nascer era muito peludo e deram-lhe o nome de Esaú. Ele tinha os privilégios atribuídos ao filho mais velho, tais como porção dobrada da herança paterna e o direito de exercer o sacerdócio sobre a família – que quer dizer: ser o líder espiritual da fámilia depois da morte do pai. Porém Deus tinha prometido a Rebeca que os direitos seriam do mais novo. O segundo gêmeo nasceu agarrando o calcanhar de Esaú com uma das mãos, e deram-lhe o nome de Jacó. (que significa agarrado no calcanhar ou suplantador, ou enganador).
            Esaú se tornou um homem do campo e excelente caçador, era mulherengo e desrespeitador das coisas de Deus. Jacó ao contrário morava em barraca, era sincero e maduro. Isaque amava mais Esaú, porque gostava de comer da carne dos animais que ele caçava. Rebeca porém amava Jacó.
            Um dia, quando Jacó estava cozinhando um ensopado, Esaú chegou do campo muito cansado e exclamou: “Estou morrendo de fome. Por favor, deixe-me comer dessa comida”.
            Jacó respondeu: “Só se você passar para mim os seus direitos de filho primogênito.”
            Estou quase morrendo; que valor têm para mim esses direitos?” Esaú fez um juramento, cedendo a Jacó os seus direitos.
            Jacó, então, deu-lhe pão e o ensopado. Esaú comeu, bebeu, levantou-se e foi embora. Foi assim que ele demonstrou que não dava valor aos privilégios de filho mais velho e herdeiro.
            Quando tinha quarenta e cinco anos, Esaú casou-se com duas moças de Canaã, as quais amarguraram a vida de Isaque e Rebeca.
            Passaram-se os anos e Isaque, já velho e cego, chamou Esaú e disse: “Meu filho! Pegue o seu arco e cace um animal. Prepare uma comida saborosa, como eu gosto, e traga aqui para mim. Depois de comer, eu lhe darei a minha bênção, lhe passarei os seus direitos de herdeiro, antes de morrer”.
            Rebeca, por acaso, escutou o que Isaque disse a Esaú apressou-se a falar com Jacó: “O seu pai mandou Esaú caçar um animal e preparar um comida saborosa para ele. Depois de comer, ele lhe dará a sua bênção, antes de morrer. Corra, meu filho. Traga dois cabritos dos melhores. Eu vou preparar uma comida saborosa, como o seu pai gosta, e você vai levá-la para ele comer, e assim receberá sua bênção, em lugar de seu irmão”.
            Jacó respondeu à sua mãe: Meu irmão é muito peludo, e eu não. Se o meu pai me tocar, saberá logo que não sou Esaú e em vez de abençoar-me, ele me amaldiçoará por enganá-lo”.
            A mãe respondeu: “Nesse caso, que a maldição caia sobre mim, meu filho. Faça exatamente o que eu disse”.
            Jacó pegou a comida. Rebeca vestiu Jacó com as roupas se Esaú, amarrando as peles dos cabritos nos braços, nas mãos e no seu pescoço.
            Jacó foi até onde o pai estava, levando a comida , e disse: “Pai, trago o que me pediu!”.
            Isaque perguntou: “Quem é você, meu filho?”.
            Disse Jacó: “Eu sou Esaú. Já fiz o que o senhor mandou. Coma da carne do animal que cacei e depois me abençoe.”
            Isaque perguntou: “Mas como foi que você achou a caça tão depressa, meu filho?”          .
            Jacó respondeu: “O seu Deus me ajudou.”
            Isaque estava meio desconfiado e disse-lhe: “Chegue mais perto, para que eu possa tocá-lo, e assim certificar-me de que é realmente Esaú.”
            Jacó chegou mais perto, Isaque pegou suas mãos e disse: “A sua voz é a voz de Jacó, mas as mãos parecem os mãos de Esaú. Você é mesmo o meu filho Esaú?”.
“Sou sim”, respondeu Jacó.
Isaque comeu e bebeu e depois disse: “Venha cá, meu filho, e me dê um beijo.”
            Jacó chegou perto e beijou o pai. Quando sentiu o cheiro da roupa de Esaú, que Jacó estava usando, Isaque o abençoou e disse: “Que o Senhor Deus o abençoe. Que Deus lhe dê o orvalho do céu; que os seus campos produzam boas colheitas. Que nações sejam dominadas por você, que você seja respeitado pelos povos. Que você mande nos seus parentes, e que os descendentes da sua mãe o tratem com respeito. Malditos sejam aqueles que o amaldiçoarem, e que sejam abençoados os que o abençoarem.”
            Isaque acabou de dar a bênção e Jacó ia saindo, quando Esaú chegou, vindo da caçada. Ele fez uma comida gostosa e levou para o pai. Disse: “Levante-se, por favor, para comer da caça que eu matei e depois me abençoe.”
            Então perguntou Isaque, “quem é você?”
            “Eu sou Esaú, o seu filho mais velho”.
            Isaque ficou agitado e começou a tremer muito. Disse: “Então quem me trouxe aquele assado? Eu dei àquele homem a minha benção. E abençoado ele ficará. O seu irmão veio, me enganou e ficou com a bênção que era sua.”
            Quando Esaú ouviu isso, deu um grito cheio de amargura e disse: “Esta é a segunda vez que ele me engana. Primeiro ele me tirou os direitos de filho mais velho que eram meus.” Esaú suplicou num tom choroso: “Pai, abençoa-me também.”
            Isaque respondeu: “Não posso, pois seu irmão já tem a minha bênção”.
            Esáu passou a odiar Jacó e ficou pensando: “O meu pai vai morrer logo. Quando os dias de luto passarem, vou matar o meu irmão”.
           
Jacó Fugindo de Esaú
 
            Rebeca ficou sabendo do plano de Esaú e mandou chamar Jacó. Ela disse: “Esaú está planejando se vingar de você. Por isso, meu filho, vá agora mesmo para a casa de Labão, o meu irmão, que mora em Harã (próximo a terra de Iraque hoje). Fique algum tempo lá com ele, até que passe o ódio do seu irmão.” Depois Rebeca conseguiu o consentimento de Isaque e Jacó partiu.
            Fugindo da raiva de Esaú, à tardinha, Jacó parou para repousar, pegou uma pedra que serviu como travesseiro, deitou-se e sonhou. Ele viu uma escada que ia da terra até o céu, os anjos subiam e desciam por ela. No sonho de Jacó, Deus disse: ”Eu sou o Senhor, o Deus do seu avó Abraão e de Isaque, o seu pai. Darei a você e aos seus descendentes esta terra onde você está deitado. Seus descendentes serão tantos como o pó da terra. Todas as famílias do mundo serão abençoadas por meio de você e dos seus descendentes. Eu estarei com você e o protegerei em todos os lugares aonde você for. Farei que você volte para esta terra. Vou cumprir tudo o que lhe prometi”.
            Jacó acordou e disse: “De fato o Senhor Deus está neste lugar, e eu não sabia disso”. Ele pegou a pedra que havia usado como travesseiro e a pôs de pé, como se fosse um altar, chamando ao lugar de Betel, ou seja “A Casa de Deus.” Ele fez a Deus a seguinte promessa: “Se tu fores comigo e me guardares nesta viagem, dando-me roupa e comida; e voltando eu são e salvo para a casa do meu pai, então tu, ó Senhor serás o meu Deus e eu te entregarei a décima parte de tudo quanto me deres.”
 
Jacó com Labão
 
            Jacó continuou a sua viagem de cerca de 700 km até que chegou a terra dos seu parentes, ao chegar na terra ele viu um poço na roça e ao lado três manadas de ovelhas deitadas, pois, desse poço as ovelhas receberam a água, o poço estava coberto com uma pedra, quando se juntaram todos os rebanhos os pastores tiraram a pedra e deram água as ovelhas. Jacó perguntou: “Rapazes de onde vocês são?”, eles responderam: “De haram”. Jacó perguntou: “Vocês conhecem Labão?”, eles responderam: “sim, conhecemos”. Jacó disse: “E ele está bem”. Os rapazes responderam: “sim, olhe ai vem a sua filha Raquel”.
            Jacó disse: “O sol esta muito alto e falta muito tempo antes de juntar os rebanhos no curral, porque não dá água as ovelhas e deixam que elas voltem, ao pasto?”, eles disseram: “não é permitido até que todos os rebanhos cheguem”, os pastores deram água as ovelhas.
            Raquel chegou, quando Jacó viu Raquel, filha de Labão, ele tirou a pedra deu água as ovelhas e beijou Raquel e chorou.
            Labão acolheu o sobrinho Jacó em sua casa, depois de um mês inteiro, Labão, então disse: “Para trabalhar comigo quanto você quer ganhar, pois não está certo trabalhar de graça, por ser meu parente?”.
            Labão tinha duas filhas, a mais velha chamava-se Léia, e a mais nova Raquel. Como Jacó estava apaixonado por Raquel, respondeu a pergunta de Labão dizendo: “Trabalharei sete anos para o senhor a fim de poder casar com Raquel.”
            Labão concordou.
            Tão grande era o amor de Jacó por Raquel, aqueles anos passaram como se fossem dias. Quando passaram os sete anos, Jacó pediu sua esposa. Com o rosto coberto por um véu, foi Léia quem Jacó encontrou na escuridão do quarto. Só na manhã seguinte Jacó viu a moça e descobriu que tinha dormido com Léia. E aí Jacó questionou Labão: “Que é isso que me fez, eu trabalhei para ficar com Raquel. Por que foi que o senhor me enganou?”.
            Labão respondeu: “Aqui não é costume a filha mais moça casar antes da mais velha. Espere até que termine a semana de festa do casamento. Aí, se você prometer que vai trabalhar para mim outros sete anos, eu lhe darei Raquel.”
            Jacó concordou e, quando terminou a semana de festas do casamento de Leia, Labão deu-lhe a filha Raquel também como esposa. Ele também deu a escrava Zilpa a Leia e a escrava Bila a Raquel.
            Jacó amava Raquel muito mais do que amava Leia. Entretanto, foi Leia quem lhe deu quatro filhos, enquanto Raquel permanecia estéril. Por fim, Raquel gritou: “Dê-me filhos, ou então morrerei!”.
            Jacó ficou furioso e replicou: “Por acaso sou Deus, que a faz estéril?”.
            Então Raquel deu a Jacó a sua escrava Bila para terem filhos e ela falou que ia considerar os filhos desta união como sendo dela. Leia também deu a ele sua escrava Zilpa. Jacó teve dez filhos com Leia e as duas escravas, antes que Raquel engravidasse e desse à luz um filho que chamaram José.
            Depois do nascimento de José, Jacó disse a Labão: “Deixe-me voltar para a minha terra. Dê-me os meus filhos e as minhas mulheres, que eu ganhei trabalhando para o senhor, e eu irei embora. O senhor sabe como tenho trabalhado e como tenho cuidado dos seus animais. Antes da minha chegada o senhor tinha pouco, mas depois tudo aumentou muito. Deus tem abençoado o senhor em todos os lugares onde eu tenho andado. Mas agora preciso cuidar da minha própria família.”
            Quanto você quer que eu lhe pague?” insistiu Labão.
            Jacó respondeu: “Não quero salário. Eu continuarei a cuidar das suas ovelhas, se o senhor concordar que todos os cabritos malhados e com manchas serão como meu salário.”
            Labão concordou.
            Jacó pegou galhos verdes e descascou-os, fazendo aparecer listas brancas. Ele colocava esses galhos na frente dos animais fortes quando cruzavam. Mas na frente dos animais fracos Jacó não punha os galhos. Os animais cruzavam diante dos galhos davam crias com listas, com manchas e malhadas. Assim, Jacó foi formando o seu próprio rebanho, separando-o dos animais de Labão.
            Labão mudou o salário de Jacó, e falou: “Os cabritos listrados serão o seu salário”, aí as crias fortes saíam todas listradas.
            Os filhos de Labão disseram: “É as custas do nosso pai que Jacó está ficando rico”, e o próprio Labão ficou diferente com Jacó.
 
Jacó Fugindo de Labão
 
            Deus disse a Jacó: “Volte para a terra dos seus pais, onde estão os seus parentes. Eu estarei com você”.
            Jacó preparou-se para voltar a Canaã. Quando Labão e seus filhos estavam bem longe, cortando a lã das suas ovelhas, Jacó ajuntou tudo o que tinha conseguido com o seu trabalho e apressou-se a partir. Sem Jacó saber, Raquel roubou as imagens dos deuses da casa do pai.
            Labão ficou sabendo que Jacó tinha fugido. Ele reuniu os seus parentes e foi atrás de Jacó. Deus apareceu num sonho a Labão e disse: “Não faça nada a Jacó”.
            Labão alcançou Jacó após sete dias de uma viagem cansativa e perguntou porque o tinha enganado, levando as suas filhas sem dizer nada e roubando as imagens da sua casa.
            Jacó respondeu: “Eu fiquei com medo, pois pensei que o senhor ia me tirar as suas filhas à força. Mas se o senhor achar as suas imagens com alguém aqui, essa pessoa será morta.” Jacó deixou Labão procurar as imagens, e ele não encontrou.
            Aí Jacó ficou zangado e disse a Labão: “O que foi que eu fiz de errado? Qual foi a lei que eu quebrei para o senhor me perseguir com tanta raiva? Agora que mexeu em todas as minhas coisas, será que encontrou alguns objetos que são seus? Durante os vinte anos que trabalhei para o senhor, as suas ovelhas e suas cabras nunca tiveram abortos. Eu não comi um só carneiro do seu rebanho. Os animais que as feras mataram, eu mesmo pagava o prejuízo. O senhor me cobrava qualquer animal que fosse roubado de dia ou de noite. A minha vida era assim: de dia o calor me castigava, e de noite eu morria de frio. E quantas noites eu passei sem dormir! Fiquei vinte anos na sua casa. Trabalhei quatorze anos para conseguir as suas duas filhas e seis anos para conseguir meus animais. E, ainda por cima, o senhor mudou o meu salário umas dez vezes”.
            Labão respondeu a Jacó: “As mulheres são minhas filhas, os filhos são meus, os rebanhos são meus. Tudo o que você vê é meu. Que posso fazer por essas minhas filhas ou pelos filhos que delas nasceram?”. Seguindo a sugestão de Labão, fizeram um trato de não atacar um ao outro, ai Jacó segui o seu caminho de volta aos seus parentes.
            Jacó se preparou para enfrentar o seu irmão Esaú. Mandou mensageiros para a região de Seir, a fim de se encontrarem com Esaú. Os mensageiros voltaram dizendo: “Esaú vem te encontrar com quatrocentos homens.
             Jacó teve muito medo e dividiu em dois grupos as pessoas e os animais que estavam com ele. Ele pensou que Esaú viesse atacar um grupo, e assim o outro escaparia.
            Depois Jacó orou: “Ouve-me ó Senhor, Deus do meu avô Abraão e de Isaque meu pai. Tu me mandaste voltar para a minha terra e para os meus parentes, prometendo que tudo correria bem para mim. eu, teu servo, não mereço toda a bondade e fidelidade com que me tens tratado. Quando atravessei o Jordão, eu tinha apenas um cajado de pastor, e agora estou voltando com estes dois grupos de pessoas e animais. Ó Deus, eu te peço que me salves do meu irmão Esaú. Lembra-te que prometeste que tudo me correria bem e que os meus descendentes seriam como a areia da praia”.
            Jacó escolheu, entre seus animais, seiscentos dos mais perfeitos e dividiu-os em cinco grupos, para dar de presente a Esaú. Ele pôs um empregado para tomar conta de cada grupo e mandou os presentes na frente. Jacó orientou os condutores dos animais: “Deverão manter uma boa distância entre estes rebanhos, e cada vez que um de vocês se encontrar com Esaú, deverá dizer-lhe que os animais são um presente que estou mandando para ele, e que estou seguindo logo atrás.”
            Jacó pensava: “Vou acalmar Esaú com os presentes que irão na minha frente. E, quando nos encontrarmos, talvez ele me aceite.”
            Jacó passou a noite sozinho. Aí veio um homem que lutou com ele até o dia seguinte. Na luta, deslocou-se a junta da coxa de Jacó. O homem mandou: “Solte-me, pois já está amanhecendo.”
            Jacó respondeu: “Não solto enquanto o senhor não me abençoar”.
            Então o homem disse: “O seu nome não será mais Jacó. Você lutou com Deus e com os homens e venceu; por isso o seu nome será Israel.” E ali abençoou Jacó.
            Então Jacó disse: “Eu vi Deus face a face, mas ainda estou vivo.”
            Quando Jacó viu que Esaú vinha chegando com os seus quatrocentos homens, dividiu os seus filhos em grupos que ficaram com Leia, com Raquel e com as duas escravas. Depois Jacó passou e ficou na frente; sete vezes ele se ajoelhou e encostou o rosto no chão, até que chegou perto de Esaú. Esaú saiu correndo ao seu encontro o abraçou e o beijou. E os dois choraram.
            Jacó insistiu que Esaú aceitasse os animais que mandou como presentes. Jacó e Esaú separam-se sem brigar. Depois daquele encontro, ambos se estabeleceram em regiões diferentes de Canaã e viveram em paz.
 
Jacó Em Canaã
 
            Jacó armou o seu acampamento na Canaã da cidade de Siquém. Certa vez, Diná, a filha de Jacó e de Leia, foi fazer uma visita a algumas moças daquele lugar. Hamor era chefe daquela região. Seu filho Siquém abusou sexualmente de Diná. Depois ele a achou tão atraente que se apaixonou por ela e procurou fazer com que ela casasse com ele. Disse ao seu pai: “Peça esta moça em casamento para mim.”
            Os filhos de Jacó ficaram indignados e furiosos, pois Siquém havia desonrado a sua irmã.
            Hamor falou a Jacó e aos seus filhos: “Meu filho Siquém está apaixonado pela filha de vocês. Deixem que ela se casse com ele. Fiquemos parentes; nós nos casaremos com as filhas de vocês, e vocês se casarão com as nossas.”
            Os filhos de Jacó foram falsos na resposta que deram a Hamor e seu filho Siquém. Disseram: “Só podemos deixar que a nossa irmã se case com um homem que tenha sido circuncidado. Só podemos aceitar sua proposta, com esta condição: que todos os seus homens sejam circuncidados. Aí sim, vocês poderão casar-se com as nossas filhas, e nós casaremos com as filhas de vocês.”
            Hamor, o seu filho Siquém e todos os homens maiores de idade concordaram com a condição e foram circuncidados. Três dias depois, quando os homens ainda sentiam fortes dores, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, pegaram as suas espadas, entraram na cidade sem ninguém notar e mataram todos os homens. Em seguida, tiraram Diná da casa de Siquém e saíram. Depois da matança, os outros filhos de Jacó saquearam a cidade para se vingarem da desonra da sua irmã.
            Jacó disse a Simeão e a Levi: “Vocês me puseram numa situação difícil. Agora todos os moradores destas terras vão ficar com ódio de mim.”
            Eles responderam: “Nós não podíamos deixar que a nossa irmã fosse tratada como uma prostituta.”
            Mas tarde Deus disse a Jacó: “Vá para Betel e fique morando lá. Em Betel construa um altar e o dedique a mim, o Deus que lhe apareceu quando você estava fugindo do seu irmão Esaú.”
            Jacó foi a Betel e construiu um altar a Deus. Deus o abençoou e confirmou a mudança do seu nome para Israel. Deus lhe disse: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Tenha muitos filhos e muitos descendentes. Uma nação e muitos povos sairão de você, e entre os seus descendentes terão reis. A terra que dei a Abraão e a Isaque darei também a você e depois a darei aos seus descendentes.” Deus acabou de falar com Jacó e foi embora daquele lugar.
            Jacó pegou uma pedra e a colocou como pilar no lugar onde Deus tinha falado com ele. Ele a separou para Deus, derramando vinho e azeite em cima. E pôs naquele lugar o nome de Betel.
            Raquel morreu dando à luz seu segundo filho, que foi chamado Benjamim.
            Jacó teve doze filhos: seis com Leia, dois com Raquel e quatro com as escravas Bila e Zilpa.
            Jacó permaneceu morando na terra de Canaã, onde o seu pai tinha vivido.
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