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A Cura do Cego de Nascença

João 9

 Introdução e Contexto:

 

Vimos como o povo na área da Galiléia seguia a Jesus e queria até fazer d’Ele seu rei após a multiplicação dos pães. Mas Jesus avisou aos Seus discípulos que ao ir para Jerusalém a coisa seria bem diferente. Sim, uma boa parte do povo ainda O seguiria, mas os líderes religiosos O rejeitariam, O fariam sofrer e O matariam, três dias após o que Ele ressucitaria.

Na história da cura do cego de nascença vemos algo mais trágico que a cegueira física: a profunda escuridão, total falta de visão e obstinação por parte daqueles que deveriam ser os primeiros a reconhecer a Jesus como o Messias de Israel. Que tristeza! Lá estava a Esperança de Israel – e do mundo, diante dos seus olhos, fazendo exatamente o que os profetas e até mesmo a tradição havia dito que faria e... não conseguiram vê-Lo.

Jesus havia dito que o mundo o odiava porque Ele testificava que suas obras era pecaminosas (João 7:7). Mas os líderes religiosos de Israel não deveriam estar nesta categoria, não deveriam ser "do mundo." No entanto vemos que chegam a tal ponto que Jesus diz que eles têm por pai o diabo, porque não podiam entender o que Ele dizia e queriam matá-Lo. Eles responderam dizendo que Jesus estava possuído por um demônio! (João 8: 39-52). Na discussão que se seguiu, Jesus disse: "antes de Abraão ser, EU SOU." Eles estavam no Templo e os líderes judaicos pegaram pedras para apedrejá-lo quando Jesus se escondeu deles e passou para fora do Templo. É aí que começa a nossa história de hoje.

 

História:

Jesus Cura o Cego de Nascença

 

Jesus estava caminhando com Seus discípuloquando viu um homem cego de nacença. Seus discípulos Lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou para que este homem nascesse cego – ele mesmo ou seus pais?"

Jesus respondeu: "nem ele, nem seus pais. Isto aconteceu para que nele seja demostrado o trabalho de Deus. É importante que façamos o trabalho daquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem quando ninguém pode trabalhar. Enquando Eu estou no mundo, Eu sou a luz do mundo.

Depois de dizer isto, Jesus cuspiu no chão e fez logo com Sua saliva. Pegou o lodo e passou nos olhos do cego. E disse para o cego: "vai e lave-se no tanque de Siloé (que significa "enviado"). O cego foi, se lavou e voltou vendo!

Os vizinhos e outros que o conheciam como mendigo, peguntavam: "não é este aquele que ficava sentado e mendigando?" Uns diziam que era ele, outros diziam que só se parecia com ele. O ex-cego respondia: "sou eu!" As pessoas então lhe perguntaram: "como é que seus olhos se abriram?"

"O homem que se chama Jesus fez lodo, passou nos meus olhos e me mandou ir e me banhar no tanque de Siloé. Fui e passei a ver!" E então perguntaram: "Onde é que Ele está agora?" "Não sei", disse ele.

Então levaram o ex-cego aos fariseus. Jesus curou o cego no Sábado. Então os fariseus começaram a interrogá-lo sobre como havia recebido sua vista. "Ele colocou lodo nos meus olhos e me lavei e agora eu vejo", respondeu. Alguns dos fariseus começaram a dizer: "este homem que fez isto não é de Deus – ele não guarda o Sábado!" Outros questionavam: "É, mas como pode um homem pecador fazer milagres assim?" E ficou uma disputa entre eles.

Daí os fariseus perguntaram ao ex-cego: "e você? O que você diz sobre este homem – já que abriu os seus olhos?" "É profeta", respondeu o ex-cego. Os judeus não acreditaram que ele tivesse nascido cego e recebido a visão, por isso mandaram chamar os seus pais. "Ele é filho de vocês? Ele nasceu cego? Com é que pode ver agora?" – perguntaram.

Os pais responderam: "ele é nosso filho e, sim, ele nasceu cego. Mas como ele recebeu sua visão, isto não sabemos – e não sabemos quem poderia ter feito isto. Pergunte a ele – ele é de idade." Seus pais responderam assim porque temiam os judeus, que já haviam decidido expulsar da sinagoga qualquer um que confessasse Jesus como o Messias.

Então chamaram o ex-cego uma segunda vez e disseram: "nós sabemos que este homem é pecador." – "Se é pecador eu não sei; o que sei é que eu era cego mas agora vejo" respondeu. – "Mas como foi que ele fez isto?" – "Eu já te disse e vocês não levaram em consideração. Por que vocês querem ouvir isto de novo? Vocês também querem passar a ser discípulos d’Ele?"

Eles o xingaram e disseram: "discípulo de Jesus é você! Nós somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou com Moisés mas deste homem não sabemos nem de onde veio." O ex-cego então exclamou: "Que maravilha! Vocês não sabem de onde veio mas Ele abriu meus olhos! Todo mundo sabe que Deus não ouve pecadores. Mas se alguém teme a Deus e faz Sua vontade Deus o ouve. Desde o princípio do mundo nunca se ouviu falar que alguém pudesse curar um cego de nascença. Se Ele não fosse de Deus não poderia fazer isto!"

"Você nasceu totalmente em pecado e agora quer nos ensinar?"– replicaram. E o expulsaram. Jesus soube que o haviam expulsado, foi ao seu encontro e perguntou: "você crê no Filho do Homem?" – Quem é Ele, senhor, para que eu creia nele?" – "Você já O viu e é Ele que fala com você agora." O ex-cego disse: "creio, Senhor!" E O adorou.

Jesus então continuou, dizendo: "Eu vim para este mundo para trazer julgamento, para que os que não vêem vejam, e os que vêem fiquem cegos." Alguns dos fariseus que estavam por lá perguntaram: "acaso somos nós cegos também?" Jesus disse: "se vocês fossem cegos não teriam pecado; mas como vocês dizem que podem ver, vocês permanecem no pecado."

 

Perguntas para reflexão e aplicação:

 

[Alguém repete, em suas próprias palavras, a história]

1) Todo sofrimento e doença humana são resultado direto do pecado do 

     indivíduo afetado?

2) Qual a importância da obediência em relação ao processo de cura do

     homem cego?

     - Coloque-se no lugar do cego: você deixaria Jesus chegar e colocar 

     "lama" nos seus olhos? Você teria questionado Sua ordem de ir e lavar-

     se no tanque? Será que o cego entendia o que estava acontecendo? Que

     tipo de fé o cego demonstrou? [R.: Ele demonstrou uma "fé cega": para o

     mundo, é ver para crer; mas com Jesus, é crer para ver.]

3) Como o trabalho de Deus foi revelado na vida daquele cego de

     nascença? (Pense não só na vida dele, mas em todas as vidas que foram

     tocadas por este evento).

4) A que podemos comparar a cegueira física na esfera espiritual? [R.: Falta

    de luz; quem não tem luz, não vê; quem não vê não sabe o que está ao seu

    redor. Portanto a cegueira espiritual é a falta de conhecimento do

    verdadeiro Deus].

5) Por que Jesus fez lodo ou argila e colocou sobre (ou untou) os olhos do

    cego? Teria alguma relação com Gênesis 2:7: "E formou o Senhor Deus o

    homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o

    homem tornou-se alma vivente"?

6) O que Jesus provou ao dar vista a este cego? O que quiz ensinar com

    isto?

    - O povo entendeu? - O ex-cego percebeu? (Como foi que falou diante dos

    líderes religiosos?) - Os pais do ex-cego descobriram? - Os líderes

    religiosos aprenderam sua lição?

7) Qual a diferença fundamental entre a reação dos pais do ex-cego e do ex-

    cego? Você teria reagido mais como o ex-cego ou como seus pais?

    Quando foi que Jesus voltou a procurar o ex-cego?

8) Por que os líderes religiosos reagiram daquela maneira? Que perguntas

    fizeram, que desculpas deram, que provas exigiram? Que provas a mais

    os convenceria de que Jesus realmente era o Messias?

9) Jesus disse: "Eu vim para este mundo para trazer julgamento, {1} para que

    os que não vêem vejam, e {2} os que vêem fiquem cegos." Quem faz parte

    do primeiro grupo? E do segundo? De qual grupo você faz parte?

 

Comentário final:

Jesus disse: "Eu vim para este mundo para trazer julgamento, para que os que não vêem vejam, e os que vêem fiquem cegos." Jesus quase havia sido apedrejado pelos líderes religiosos por causa do que disse (final de João 8). Agora Ele manda de volta para eles uma prova irrefutável do Seu poder criador divino – um cego de nascença completamente curado. É tudo ou nada: para os que sinceramente buscavam a verdade, é um ato de misericordia, uma segunda chance. Para os insinceros, que já haviam decidido rejeitar a Jesus como Messias independentemente dos fatos, é um ato de juízo: ficaria absolutamente clara a sua culpa, rejeição e rebelião contra o Enviado de Deus.

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